As pedras preciosas são, desde os primeiros tempos da joalheria, as companheiras perfeitas dos diamantes, na elaboração das joias, destacando como mais importantes, as denominadas gemas preciosas de cor: Rubi, Safira e Esmeralda.

As pedras preciosas, de alta qualidade, podem alcançar valores muito altos, similares ao dos diamantes, e a sua qualidade vem denominada pela localização geográfica de onde são extraídas, algo similar à denominação de origem dos vinhos.

No caso das esmeraldas, as mais valorizadas são as colombianas, com um intenso verde “erva”, denota a sua autenticidade, pelas inclusões interiores da gema, o denominado “jardim”, assim como o brilho da sua lapidação, a intensidade e homogeneidade da cor.

As safiras e rubis, ambas da mesma família gemológica, os “coríndones”, têm em Ceilão e na Birmânia, respetivamente, as suas origens, com uma cor azul intensa e um vermelho sangue, denominado “sangue de pombo”, podendo combinar-se com o branco dos diamantes, formando combinações especialmente belas na joalheria.

As pedras preciosas completam-se com inúmeras gemas, de todo o tipo de natureza e origem e com uma ampla variedade de cores, são o complemento perfeito dos diamantes no design de joias, destacando algumas muito conhecidas, como o Aguamarina, os Quartzo, Peridotos, Ametistas… entre outros.

A ESMERALDA, membro mais precioso da família dos berilos, está coloreada por restos de cromo e de vanádio. O nome da esmeralda deriva da antiga palavra persa, que nos chega através do latim Smaragdus. A história da esmeralda é tão fascinante como voluminosa. Os antigos apreciavam-na por ser uma pedra que simboliza o amor, o renascimento e a eterna juventude. Devido a que a rica cor verde da esmeralda é a cor da primavera, esta pedra é apreciada desde há mais de 4000 anos por diferentes culturas do mundo. As primeiras minas de esmeraldas mencionadas na história foram as famosas minas de Cleópatra, redescobertas no norte do Egipto em 1818. Estes antigos depósitos estavam esgotados há muito tempo.

O RUBI foi a gema mais valorizada mundialmente durante centenas de anos. Diz-se que o rubi foi a pedra mais preciosa das doze que Deus criou, ao criar todas as coisas. Na Bíblia, Job disse que a sabedoria é mais preciosa que os rubis. No antigo idioma sânscrito o rubi é chamado ratnaraj, o rei das pedras preciosas e ratnayaka, líder das pedras preciosas. Entre uma infinidade de legendas e estranhas crenças de tempos antigos, pensava-se que o portador de um rubi era abençoado com saúde, riqueza, sabedoria e com um notável êxito em assuntos do coração. Mais tarde, adquiriria a capacidade de viver em paz com os seus inimigos. 

Qualquer cor que tenha uma pedra formada por Corindo, que não seja o vermelho, se chama de SAFIRA. A cor mais valiosa das safiras é o azul intenso devido à sua raridade e beleza. É por isso que a safira sem adjetivo indica sempre apenas o corindo azul. As distintas cores da safira caraterizam-se atualmente mediante um qualificativo, por exemplo: safira verde, safira amarela, safira alaranjada, etc. À safira incolor chamam-lhe também leucosafira. Como as safiras estão formadas por corindo, o segundo material mais duro da terra, também têm 9 Mohs de dureza, igual à do rubi. O que faz que o corindo tenha outra cor que não seja o vermelho é a mistura de metais como o ferro, titânio e crómio. A inclusão de agulhas de rútilo dá um brilho sedoso e, em maiores quantidades, dá um efeito de olho-de-gato ou uma estrela de seis pontas, chamada safira estrela.